Trends in Psychiatry and Psychotherapy
https://trends.org.br/article/doi/10.1590/2237-6089-2018-0079
Trends in Psychiatry and Psychotherapy
Original Article

Construction and validation of the Adult Stressors Inventory (ASI)

Construção e validação do Inventário de Estressores para Adultos (IE)

Paulo Eduardo Benzoni

Downloads: 0
Views: 388

Abstract

Abstract Introduction A great deal of research has been conducted all over the world into stress and its impacts on the health of populations. Objective To develop and validate an instrument for identification of the principal stressors and their magnitude in people who are subject to stress. Method The instrument was constructed on the basis of analysis of 20 interviews conducted with 10 male and 10 female adults with stress according to the Perceived Stress Scale. A total of 46 statements were derived from this analysis, referring to stressful situations in different areas of life. Each statement is evaluated on a Likert response scale indicating the degree of impact and the respondent’s ability to deal with the stressor it describes. The instrument was validated with a non-probabilistic sample comprised 450 adults, aged from 18 to 65 years, 62.7% women and 37.3% men, who completed the instrument and also the Perceived Stress Scale, to enable criterion validation. Results Exploratory factor analysis identified 42 valid items and grouped them into eight factors that explained 64.5% of total variance. These factors were financial stressors; working environment stressors; cognitive and behavioral stressors; family environment stressors; health status stressors; stressors related to conditions for relaxation; workload-related stressors; and social relationship stressors. Cronbach’s alpha for the instrument was 0.94. A relationship was observed between the newly-developed inventory and the Perceived Stress Scale, providing grounds for accepting the validation hypothesis. Conclusions The results were psychometrically satisfactory and made possible provision of a new instrument for stress interventions, with advantages over other instruments.

Keywords

Stress, stressors, psychological assessment

Resumo

Resumo Introdução Muitas pesquisas têm sido realizadas sobre o estresse e seus impactos na saúde das populações. Objetivo Desenvolver e validar um instrumento para identificação dos principais estressores e sua magnitude em pessoas com estresse. Método O instrumento foi construído a partir da análise de 20 entrevistas realizadas com adultos apresentando estresse de acordo com a Escala de Percepção de Estresse (10 homens e 10 mulheres). Um total de 46 afirmativas derivaram desta análise, referindo-se a situações estressantes em diferentes áreas da vida. Cada afirmativa foi avaliada em uma escala do tipo Likert, indicando o grau de impacto e a capacidade do respondente de lidar com o estressor descrito. A validação foi realizada com amostra não probabilística de 450 adultos, com idades entre 18 e 65 anos, 62,7% mulheres e 37,3% homens, que responderam o instrumento e a Escala de Percepção de Estresse, permitindo a validação do critério. Resultados A análise fatorial exploratória identificou 42 itens válidos e os agrupou em oito fatores que explicaram 64,5% da variância total. Esses fatores foram estressores financeiros; do ambiente de trabalho; cognitivos e comportamentais; do ambiente familiar; do estado de saúde; relacionados a condições de relaxamento; relacionados à carga de trabalho; e estressores dos relacionamentos sociais. O alfa de Cronbach para o instrumento foi de 0,94, e observou-se relação entre o inventário desenvolvido e a Escala de Percepção de Estresse, possibilitando a aceitação da hipótese de validação. Conclusões Os resultados foram psicometricamente satisfatórios e possibilitaram a disponibilização de um novo instrumento para intervenções de estresse.

Palavras-chave

Estresse, estressores, avaliação psicológica

References

Selye H. Stress and the general adaptation syndrome. Br Med J. 1950;1:1383-92.

Selye H. Stress: a tensão da vida. 1959.

Oken BS, Chamine I, Wakeland W. A systems approach to stress, stressors and resilience in humans. Behav Brain Res. 2015;282:144-54.

Franklin TB, Saab BJ, Mansuy IM. Neural mechanisms of stress, resilience and vulnerability. Neuron. 2012;75:747-61.

Pfau ML, Russo SJ. Peripheral and central mechanisms of stress resilience. Neurobiol Stress. 2015;1:66-79.

Munzel T, Daiber A. Environmental stressors and their impact on health and disease with focus on oxidative stress. Antioxid Redox Signal. 2018;28:735-40.

Lipp MEN. Mecanismos neuropsicofisiológicos do stress: teoria a aplicações clínicas. 2003.

Taborda MVV, Weber MB, Freitas ES. Avaliação da prevalência de sofrimento psíquico em pacientes com dermatoses do espectro dos transtornos psicocutâneos. An Bras Dermatol. 2005;80(4):351.

Munzel T, Sørensen M, Gori T, Schmidt FP, Rao X, Brook J. Environmental stressors and cardio-metabolic disease: part I - epidemiologic evidence supporting a role for noise and air pollution and effects of mitigation strategies. Eur Heart J. 2017;38:550-6.

Wottrich SH, Ávila CM, Machado CC, Goldmeier S, Dillenburg D, Kuhl CP, al. t. Gênero e manifestação de stress em hipertensos. Estud Psicol.. 2011;28:27-34.

Homann D, Stefanello JMF, Góes SM, Breda CA, Paiva ES, Leite N. Percepção de estresse e sintomas depressivos: funcionalidade e impacto na qualidade de vida em mulheres com fibromialgia. Rev Bras Reumatol. 2012;52:319-30.

Jansen B. Cómo adaptarse a los cambios en la sociedad y en el mundo del trabajo: una nueva estrategia comunitaria de salud y seguridad (2002-2006). 2006.

Sousa MBC, Silva HPA, Galvão-Coelho NL. Resposta ao estresse: I. homeostase e teoria da alostase. Estud Psicol. 2015;20:2-11.

McEwen BS. Physiology and neurobiology of stress and adaptation: central role of the brain. Physiol Rev. 2007;87:873-904.

Conway CC, Slavich GM, Hammen C. Dysfunctional attitudes and affective responses to daily stressors: separating cognitive, genetic, and clinical influences on stress reactivity. Cognit Ther Res. 2015;39:366-77.

Bettis AH, Forehand R, McKee L, Dunbar JP, Watson KH, Compas BE. Testing specificity: associations of stress and coping with symptoms of anxiety and depression in youth. J Child Fam Stud. 2016;25:949-58.

Sprague J, Verona E, Kalkhoff W, Kilmer A. Moderators and mediators of the stress-aggression relationship: executive function and state anger. Emotion. 2011;11:61-3.

Wells A, King P. Metacognitive therapy for generalized anxiety disorder: an open trial. J Behav Ther Exp Psychiatry. 2006;37:206-12.

Spada MM, Nikcevic AV, Moneta GB, Wells A. Metacognition, perceived stress, and negative emotion. Pers Individ Dif. 2008;44:1172-81.

Golemam D. Inteligência emocional: a teoria revolucionária que redefiniu o que é ser inteligente. 1996.

Armstrong AR, Galligan RF, Critchley CR. Emotional intelligence and psychological resilience to negative life events. Pers Individ Dif. 2011;51:331-6.

Dohrenwend BP. Inventorying stressful life events as risk factors for psychopathology: toward resolution of the problem of intracategory variability. Psychol Bull. 2006;132:477-95.

Mongentale AP, Vizzotto MM. Estresse e reajustamento social em auxiliares de enfermagem. Psicol Inf. 2011:83-98.

Scully JA, Tosi H, Banning K. Life event checklists: revisiting the social readjustment rating scale after 30 years. Educ Psychol Meas. 2000;60:864-76.

Lipp MEN. Manual do inventário de sintomas de stress para adultos de Lipp (ISSL). 2005.

Cohen S, Kamarck T, Mermelstein R. A global measure of perceived stress. J Health Soc Behav. 1983;24:385-96.

Reis RS, Hino AAF, Añez CRR. Perceived Stress Scale: reliability and validity study in Brazil. J Health Psychol. 2010;15:107-14.

Cusatis Neto R. Construção e validação da escala de estressores ocupacionais da linha de produção. 2007.

Anjos DR, Silva EA, Falqueiro EJA, Freitas PMP, Peres VPM, Massruhá VC. Estresse: fatores desencadeantes, identificação e avaliação de sinais e sintomas no enfermeiro atuante em UTI neonatal. J Health Sci Inst. 2008;26:426-31.

Figueroa NL, Schufer M, Muiños R, Marro C, Coria EA. Um instrumento para a avaliação de estressores psicossociais no contexto de emprego. Psicol Reflex Crit. 2001;14:653-9.

Lopes CS, Faerstein F. Confiabilidade do relato de eventos de vida estressantes em um questionário autopreenchido: Estudo Pró-Saúde. Braz J Psychiatry. 2001;23:126-33.

Marshall AC, Cooper NR, Segrave R, Geeraert N. The effects of long-term stress exposure on aging cognition: a behavioral and EEG investigation. Neurobiol Aging. 2015;36:2136-44.

Turato ER. Tratado da metodologia da pesquisa clínico-qualitativa. 2003.

Bocchi SCM, Juliani CMCM, Spiri WC. Métodos qualitativos de pesquisa: uma tentativa de desmistificar a sua compreensão. 2008.

Bardin L. Análise de conteúdo. 1977.

Griffa MC. Chaves para a psicologia do desenvolvimento. 2001;II.

Primi R. Psicometria: fundamentos matemáticos da Teoria Clássica dos Testes. Aval Psicol. 2012;11:297-307.

Pasquali L. Psicometria. Rev Esc Enferm USP. 2009;43:992-9.

Pasquali L. Técnicas de exame psicológico: Vol. I - Fundamentos das técnicas de exame psicológico. 2001.

Maroco J, Garcia-Marques T. Qual a fiabilidade do alfa de Cronbach? Questões antigas e soluções modernas?. Labor Psicol. 2006;4:65-90.

Hair Jr JF, Anderson RE, Tatham RL, Black WC. Análise multivariada de dados. 2005.

Carr D, Umberson D. The social psychology of stress, health, and coping. Handbook of social psychology. 2013.

Benzoni PE. Stress crônico e temas de vida: uma proposta cognitivo-comportamental para conceitualização. 2008.

Alexandre NMC, Gallasch CH, Lima MHM, Rodrigues RCM. A confiabilidade no desenvolvimento e avaliação de instrumentos de medida na área da saúde. Rev Eletr Enf. 2013;15:802-9.

Benzoni PE. Estilos parentais e stress dos filhos: quando a combinação desses fatores pode levar ao desenvolvimento de transtornos psicológicos. Stress em crianças e adolescentes. 2014:165-79.

Friedman M, Rosenman RH. Type A behavior and your heart. 1974.

Corrêa AS, Menezes JRM. Estresse e trabalho. 2002.

Benzoni PE, Barato C, Marchesin MA, Inocente MM. Afastamento do trabalho e crise do capital: a incapacidade refletindo o contexto. SER Social. 2016;18:540-61.

Leka S, Griffiths A, Cox T. Work organization and stress: systematic problem approaches for employers, managers and trade union representatives. 2003;3.

Karasek RA. Job demands, job decision latitude, and mental strain: implications for job redesign. Adm Sci Q. 1979;24:285-908.

Hawkley LC, Hughes ME, Waite LJ, Masi CM, Thisted RA, Cacioppo JT. From social structural factors to perceptions of relationship quality and loneliness: the Chicago health, aging, and social relations study. J Gerontol B Psychol Sci Soc Sci. 2008;63:375-84.

Pasquali L. Psicometria: teoria dos testes na psicologia e educação. 2003.

Costa ALS, Polak C. Construção e validação de instrumento para avaliação de estresse em estudantes de Enfermagem (AEEE). Rev Esc Enferm USP. 2009;43:1017-26.

Silva ACO, Nardi AE, Horowitz M. Versão brasileira da Impact of Event Scale (IES): tradução e adaptação transcultural. Rev Psiquiatr Rio Gd Sul. 2010;32:86-93.

6165eb9da95395100a3cb083 trends Articles
Links & Downloads

Trends Psychiatry Psychother

Share this page
Page Sections