Trends in Psychiatry and Psychotherapy
https://trends.org.br/article/doi/10.1590/2237-6089-2018-0089
Trends in Psychiatry and Psychotherapy
Original Article

Female crack cocaine users under treatment at therapeutic communities in southern Brazil: characteristics, pattern of consumption, and psychiatric comorbidities

Mulheres usuárias de crack-cocaína em tratamento em comunidades terapêuticas no sul do Brasil: características, padrão de consumo e comorbidades psiquiátricas

Adriana Raquel Binsfeld Hess; Rosa Maria Martins de Almeida

Downloads: 0
Views: 315

Abstract

Abstract Objective To explore and describe sociodemographic characteristics, crack consumption patterns, and psychiatric comorbidities of female crack users receiving treatment at therapeutic communities. Methods This was a cross-sectional, descriptive, quantitative study. Forty-six women who abstained from crack use were assessed using a sociodemographic questionnaire, the Mini-Mental State Examination (MMSE), the Structured Clinical Interview for DSM-IV Axis I Disorders (SCID-I), and a profile of crack use questionnaire. Descriptive statistical analyses were conducted. Results Participants had a mean age of 31.02 years (standard deviation [SD] = 7.73), most were single (76.1%), white (67.4%) and had complete or incomplete elementary education (43.5%). Before treatment, 65.2% of the women reported using crack every day; 46.3% smoked between 10 to 30 crack rocks per week. Mean treatment time was 63.56 days (SD = 75.85), with a mean of 80.41 days of abstinence (SD = 74.52) and 3.37 previous treatments (SD = 5.49). Mean age upon crack use initiation was 22.61 years (SD = 8.06), and the most frequent motivation to start using crack was curiosity (78.3%). The mean lifetime duration of crack use was 82.26 months (SD = 74.76), and the physical complications most frequently reported were weight loss (93.5%), followed by sleep problems (87%). In this study, the most prevalent psychiatric diagnoses were major depressive episode (60.87%), followed by post-traumatic stress disorder (52.17%) and generalized anxiety disorder (13.07%). Conclusions Overall, a pattern of high consumption of crack was observed. The results show a high frequency of mood and anxiety disorders, with the highest frequencies found for major depressive episode and post-traumatic stress disorder.

Keywords

Crack cocaine, comorbidity, public health, therapeutic community, women

Resumo

Resumo Objetivo Explorar e descrever características sociodemográficas, padrão de consumo e comorbidades psiquiátricas em mulheres usuárias de crack recebendo tratamento em comunidades terapêuticas. Método Estudo transversal, descritivo e quantitativo. Quarenta e seis mulheres abstinentes de crack responderam a um questionário sociodemográfico, ao Mini-Exame do Estado Mental (MEEM), à Entrevista Estruturada do DSM-IV para Transtornos do Eixo I (SCID-I) e a um questionário sobre padrão de consumo de crack. Foram realizadas análises estatísticas descritivas dos dados. Resultados As participantes tinham média de 31,02 anos [desvio padrão (DP) = 7,73], eram na maioria solteiras (76,1%), brancas (67,4%) e tinham ensino fundamental completo ou incompleto (43,5%). Antes do tratamento, 65,2% das mulheres relataram usar crack todos os dias; 46,3% fumavam entre 10 e 30 pedras de crack por semana. O tempo médio de tratamento foi de 63,56 dias (DP = 75,85), com média de 80,41 dias em abstinência (DP = 74,52) e 3,37 (DP = 5,49) tratamentos anteriores. A idade média de início do uso de crack foi de 22,61 anos (DP = 8,06), e a motivação mais frequente para iniciar o uso de crack foi a curiosidade (78,3%). A duração média de uso de crack na vida foi de 82,26 meses (DP = 74,76), e as complicações físicas mais frequentemente relatadas foram perda de peso (93,5%), seguida por problemas de sono (87%). Neste estudo, os diagnósticos mais prevalentes foram episódio depressivo maior (60,87%), seguido por transtorno de estresse pós-traumático (52,17%) e transtorno de ansiedade generalizada (13,07%). Conclusões Em geral, observamos um padrão de alto consumo de crack. Os resultados mostram alta frequência de transtornos de humor e ansiedade, com maiores frequências para episódio depressivo maior e transtorno de estresse pós-traumático.

Palavras-chave

Cocaína crack, comorbidade, saúde pública, comunidade terapêutica, mulheres

References

World Drug Report. 2018.

Abdalla RR, Madruga CS, Ribeiro M, Pinsky I, Caetano R, Laranjeira R. Prevalence of cocaine use in Brazil: data from the II Brazilian National Alcohol and Drugs Survey (BNADS). Addict Behav. 2014;39:297-311.

Laranjeira R, Madruga CS, Pinsky I, Caetano R, Mitsuhiro SS. II Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (LENAD). 2012.

Volkow ND, Wise RA, Baler R. The dopamine motive system: implications for drug and food addiction. Nat Rev Neurosci. 2017;18:741-52.

Volkow ND, Morales M. The brain on drugs: from reward to addiction. Cell. 2015;162:712-25.

Ribeiro M, Dunn J, Sesso R, Lima MS, Laranjeira R. Crack cocaine: a five-year follow-up study of treated patients. Eur Addict Res. 2007;13:11-9.

Lozano OM, Domingo-Salvany A, Martinez-Alonso M, Brugal MT, Alonso J, de la Fuente L. Health-related quality of life in young cocaine users and associated factors. Qual Life Res. 2008;17:977-85.

Oliveira LG, Nappo SA. Caracterização da cultura de crack na cidade de São Paulo: padrão de uso controlado. Rev Saude Publica. 2008;42:664-71.

Duailibi LB, Ribeiro M, Laranjeira R. Profile of cocaine and crack users in Brazil. Cad Saude Publica. 2008;24:s545-57.

Santos Cruz M, Andrade T, Bastos FI, Leal E, Bertoni N, Villar LM. Key drug use, health and socio-economic characteristics of young crack users in two Brazilian cities. Int J Drug Policy. 2013;24:432-8.

Bertoni N, Burnett C, Cruz MS, Andrade T, Bastos FI, Leal E. Exploring sex differences in drug use, health and service use characteristics among young urban crack users in Brazil. Int J Equity Health. 2014;13:70-81.

Green CA. Gender and use of substance abuse treatment services. Alcohol Res Health. 2006;29:55-62.

Guimarães CF, Santos DVV, Freitas RC, Araujo RB. Perfil do usuário de crack e fatores relacionados à criminalidade em unidade de internação para desintoxicação no Hospital Psiquiátrico São Pedro de Porto Alegre (RS). Rev Psiquiatr Rio Gd Sul. 2008;30:101-8.

Moreira MM, Barbosa GL, Laranjeira R, Mitsuhiro SS. Alcohol and crack cocaine use in women: a 14-year cross-sectional study. J Addict Dis. 2014;33:9-14.

Hecksher D, Hesse M. Women and substance use disorders. Mens Sana Monogr. 2009;7:50-62.

Copeland J. A qualitative study of barriers to formal treatment among women who self-managed change in addictive behaviours. J Subst Abuse Treat. 1997;14:183-90.

Paim Kessler FH, Barbosa Terra M, Faller S, Ravy Stolf A, Carolina Peuker A, Benzano D. Crack users show high rates of antisocial personality disorder, engagement in illegal activities and other psychosocial problems. Am J Addict. 2012;21:370-80.

Narvaez JC, Jansen K, Pinheiro RT, Kapczinski F, Silva RA, Pechansky F. Violent and sexual behaviors and lifetime use of crack cocaine: a population-based study in Brazil. Soc Psychiatry Psychiatr Epidemiol. 2014;49:1249-55.

Narvaez JC, Jansen K, Pinheiro RT, Kapczinski F, Silva RA, Pechansky F. Psychiatric and substance-use comorbidities associated with lifetime crack cocaine use in young adults in the general population. Compr Psychiatry. 2014;55:1369-76.

Hess ARB, Almeida RMM, Moraes AL. Psychiatric comorbidities in abstinent drug addict in a protected environment. Estud Psicol Natal. 2012;17:171-8.

Kokkevi A, Stefanis C. Drug abuse and psychiatric comorbidity. Compr Psychiatry. 1995;36:329-37.

Alves H, Kessler F, Ratto LRC. Comorbidity: alcohol use and other psychiatric disorders. Braz J Psychiatry. 2004;26:51-3.

Tull MT, Trotman A, Duplinsky MS, Reynolds EK, Daughters SB, Potenza MN. The effect of posttraumatic stress disorder on risk-taking propensity among crack/cocaine users in residential substance abuse treatment. Depress Anxiety. 2009;26:1158-64.

Bertolucci PHF, Brucki SMD, Campacci SR, Juliano Y. O Mini-Exame do Estado Mental em uma população geral: impacto da escolaridade. Arq Neuro-Psiquiatr. 1994;52:01-7.

von Diemen L, Kapczinski F, Sordi AO, Narvaez JCM, Guimarães LS, Kessler FH. Increase in brain-derived neurotrophic factor expression in early crack cocaine withdrawal. Int J Neuropsychopharmacol. 2014;17:33-40.

Sayago CBW, Lucena-Santos P, Horta RL, Oliveira MS. Perfil clínico e cognitivo de usuários de crack internados. Psicol Reflex Crit. 2014;27:21-8.

Portaria Nº 131, de 26 de janeiro de 2012. .

Strain EC. Assessment and treatment of comorbid psychiatric disorders in opioid-dependent patients. Clin J Pain. 2002;18:S14-27.

Scheffer M, Pasa GG, de Almeida RMM. Dependência de álcool, cocaína e crack e transtornos psiquiátricos. Psic Teor Pesq. 2010;26:533-41.

6165eb06a953950fb81b6a87 trends Articles
Links & Downloads

Trends Psychiatry Psychother

Share this page
Page Sections