Trends in Psychiatry and Psychotherapy
https://trends.org.br/article/doi/10.1590/S2237-60892012000100008
Trends in Psychiatry and Psychotherapy
Brief Communication

The concept of time in the perception of children and adolescents

O conceito de tempo na percepção de crianças e adolescentes

Fernando Michel; Francine Harb; Maria Paz Loayza Hidalgo

Downloads: 0
Views: 281

Abstract

INTRODUCTION: Children and adolescents use different markers to elaborate the concept of time, and such markers change along their development. The objective of the present article was to analyze changes in time concepts in different age groups. METHODS: The study included 81 children and adolescents aged 6 to 17 years, attending elementary or high school at a public school in southern Brazil. Participants were asked to provide their definition of time, either orally (children) or in writing (older children and adolescents). RESULTS: Twenty-one words were identified as related with the definition of time. The term "hours" was the most frequently cited (24.7%), followed by "clock" and "family" (11.1% each). Among children aged 6 to 8 years, "family" was the term most frequently mentioned to refer to time. Between 9 to 11 years of age, the notion of time was essentially related to the use of a clock, and in the 12-17-year age group, time was mostly associated with the word "days." The word "family" appears to be a frequent temporal marker in childhood, but loses this function during adolescence, as new social relationships are established. CONCLUSION: The results of this study show that the concept of time varies according to age. Chronobiological studies should therefore take into consideration the temporal perception peculiar to each age group.

Keywords

Chronobiology, biological rhythm, human development, learning, education

Resumo

INTRODUÇÃO: Crianças e adolescentes utilizam diferentes marcadores para a construção do conceito de tempo, os quais se modificam ao longo do desenvolvimento. O objetivo deste artigo foi analisar mudanças em conceitos temporais e suas transições ao longo da idade. MATERIAL E MÉTODOS: Participaram do estudo 81 crianças e adolescentes com idade entre 6 e 17 anos, estudantes do ensino médio e fundamental de uma escola pública do sul do Brasil. Solicitou-se aos participantes que informassem sua definição de tempo, verbalmente (crianças) ou por escrito (crianças mais velhas e adolescentes). RESULTADOS: Foram identificadas 21 palavras relacionadas com a definição de tempo. O termo "horas" foi o mais citado (24,7%), seguido de "relógio" e "família" (11,1% cada). Entre 6 e 8 anos, o termo "família" foi o mais frequentemente mencionado para se referir ao tempo. Entre 9 e 11 anos, a noção de tempo esteve relacionada ao uso do relógio, e entre 12 e 17 anos, o tempo foi associado principalmente à palavra "dias". Na infância, o termo "família" é um marcador temporal recorrente, mas perde tal significado na adolescência, à medida que surgem novas relações sociais. CONCLUSÃO: Os resultados deste estudo mostraram que o conceito de tempo varia conforme a idade. Portanto, estudos cronobiológicos devem considerar a percepção temporal própria para cada faixa etária.

Palavras-chave

Cronobiologia, ritmo biológico, desenvolvimento humano, aprendizagem, educação

References

Ferreira VMR, Arco-Verde YFS. Chrónos & Kairós: o tempo nos tempos da escola. Educ Rev. 2001;17:63-78.

Damasceno AVC. Na medida certa. .

Noguera DA, Riu TC, Hortensi VJ, Cucurella CN. Cronobiologia. 2007.

Hidalgo MP, Caumo W, Posser M, Coccaro SB, Camozzato AL, Chaves ML. Relationship between depressive mood and chronotype in healthy subjects. Psychiatry Clin Neurosci. 2009;63:283-90.

Schneider MLDM, Vasconcellos DC, Dantas G, Levandovski R, Caumo W, Allebrandt K. Morningness-eveningness, use of stimulants, and minor psychiatric disorders among undergraduate students. Int J Psychol. 2010;46:18-23.

Hviid P. Dimensões de tempo segundo a percepção de crianças de seu próprio desenvolvimento. Rev Bras Crescimento Desenvolv Hum. 2006;16:69-76.

Vygotsky LS, Luria AR. Estudos sobre a história do comportamento: símios, homem primitivo e criança. 1996.

Schimitt RL, Hidalgo MPL, Caumo W. Ritmo social e suas formas de mensuração: uma perspectiva histórica. Estud Pesq Psicol. 2010;2:457-70.

616b2a02a9539536486b0f14 trends Articles
Links & Downloads

Trends Psychiatry Psychother

Share this page
Page Sections